Eu gostaria de compartilhar com vocês uma leitura que considero muito preocupante sobre o cenário sociopolítico gaúcho. Nesse sentido, destacaria três pontos a serem considerados aqui:
O primeiro deles é a opção do governo gaúcho de buscar corrigir os problemas financeiros do Estado pressionando a situação dos trabalhadores. São milhares de professores e outros servidores públicos estaduais, inclusive os aposentados, que serão impactados negativamente. Importante ressaltar isso é uma escolha de governo, pois já foi demonstrado que existem outras alternativas, entre elas a diminuição das renúncias fiscais para grandes empresas, que pouco empregam, e o fim da Lei Kandir, que isenta de tributação os produtos primários destinados à exportação.
Outro ponto é a falta de diálogo com os diversos setores da sociedade excluídos dos debates no projeto Cresce RS, de iniciativa da Assembleia Legislativa e que conta com a participação do Estado. Se estão planejando o melhor para a população, porque excluir as entidades e setores representativos da sociedade. Fica aqui uma questão importante para ser pensada e encaminhada aos deputados e ao governo gaúcho.
O terceiro e último ponto aqui, mas não o menos importante, muito ao contrário, são os projetos de megamineração e do polo carboquímico. Nesse rumo pretendido pelo governo e por vários parlamentares gaúchos, de diversos partidos, o Rio Grande pode estar trilhando um caminho muito perigoso, tanto do ponto de vista ambiental, quanto do econômico.
É importante que a população fique atenta a esses assuntos antes que seja tarde, ou como se diz no interior do estado, para não chorar o leite derramado.